O trabalho com as essências florais é sempre surpreendente! Cada caso, cada sessão sempre me traz uma novidade, uma emoção. Como, por exemplo, descobrir um efeito que nem imaginava que pudesse acontecer.
Vivo declarando minha paixão pelo sistema da Ararêtama e, com as vivencias e experiências que venho tendo com ele, essa paixão aumenta.
Recentemente, uma cliente que recebeu o diagnostico de transtorno de personalidade borderline (TPB), que acompanho há algum tempo apenas com a terapia floral, recebeu mais um diagnóstico: um melanoma na perna. Como a querida Sandra Epstein havia me indicado Thini-Á para uma pessoa que estava com câncer terminal, com o objetivo de trabalhar o medo e o desapego, essa foi a primeira essência que me veio a mente. Embora a cliente estivesse bem em relação a isso, e não me trouxe o assunto como questão a ser trabalhada, pedi a ela que comprasse a solução estoque e tomasse da forma habitual (7 gotas, 3 vezes ao dia) pensando que poderia lhe trazer algum conforto nesses dias.
Passaram-se duas semanas e ela me relatou que estava se sentindo mais tranquila, mais centrada e que estava, pela primeira vez, conseguindo controlar seus comportamentos agressivos. Em geral, esses comportamentos se apresentam quando o seu parceiro faz algo que, normalmente, ela lê como rejeição. Agora, ela estava conseguindo parar e pensar:
“Não, ele é assim mesmo, é o jeito dele, são as questões dele. Vou deixar ele quieto”.
E se afasta, apesar da raiva inicial. Também percebe que, depois, ficava bem. Até então, o pensamento comum gerava em torno de: “Ele está me tratando mal”, reagia com acusações que geravam discussões, sempre com agressividade verbal de ambas as partes e, não raro, ela o agredia fisicamente.
Suspeitei que o motivo de tal mudança pudesse ser um efeito da essência Thini-Á, mas quis verificar o que ela estava tomando na ultima formula que eu havia feito. Quando, então, ela me disse que não a estava tomando esse tempo todo porque achou que era para tomar apenas a Thini-Á. Aí vem a surpresa, a emoção, os olhos lacrimejam e a alegria invade meu coração.
Quem conhece o TPB, sabe que é uma condição psicológica difícil de trabalhar, normalmente exige um acompanhamento psiquiátrico, com o uso de psicotrópicos. O padrão emocional nuclear é o abandono, com fortes traços de paranoia, rejeição e agressividade, gerando grande prejuízo nas relações.
Na psicologia, mas exatamente na abordagem que utilizo, a terapia cognitivo comportamental (TCC), uma das técnicas para a mudança, resumidamente, é: frente a uma situação conflituosa, observar os pensamentos, tentar modificá-los realisticamente para que se consiga controlar a emoção e mudar o comportamento. Não é uma técnica fácil de implementar numa condição como essa e, só com um bom tempo de terapia, chega-se a esse resultado.
Nunca tratei a cliente em questão com a TCC, estávamos caminhando apenas com a terapia floral e a medicamentosa, mas considerando que, em algum momento, poderíamos trabalhar com a TCC, se necessário.
Fiquei mais do que surpresa: fiquei pasma, atônita e muito emocionada ao constatar que Thini-Á, em poucos dias, fez um dos efeitos mais importantes que esperamos nesses casos, em termos de uma mudança que faz toda a diferença na vida dessas pessoas.
Algumas dúvidas poderiam surgir a respeito da origem desse efeito, principalmente pelo uso dos psicotrópicos. Mas, sabemos que a medicação, infelizmente, não alcança resultado como esse nesses casos, ela apenas traz alguma estabilidade emocional para que a pessoa consiga implementar o trabalho da TCC. Em geral, é assim que funciona o tratamento em conjunto.
De qualquer forma, o que sempre me sinaliza que os efeitos são das essências florais e que estamos no caminho certo, é a emoção que eu sinto na hora em que a pessoa está me relatando a mudança. Essa medida faz parte do meu ser terapeuta floral. E não abro mão dela. É uma emoção “exata”, única, que surge somente nesses momentos e me diz:
“Ok!!! É isso mesmo! E isso é maravilhoso!”.
E o que tudo isso têm a ver com o outono? P. ext. é a época da colheita. E entendo que Thini-Á, em qualquer trabalho, nos permite isso: parar e colher.
Nas palavras da cliente:
“Thini-Á foi muito bom para mim. Para eu dar espaço para o outro, dar espaço para mim, e comunicar ao mesmo tempo. Me senti mais real”.
Abraços,
Ana Lúcia Pedrozo
Sobre Ana Lúcia Pedrozo
Terapeuta Cognitivo-Comportamental e Terapeuta Floral
Psicóloga formada pela UERJ
Mestre em psicologia pela UFRJ, com o tema Tratamento da Terapia Cognitivo-Comportamental para o Transtorno do Estresse Pós-traumático.
Formação Florais de Bach Healingherbs
Especialização em Terapia Floral HESFA\UFRJ